Sou formado em direito, mas não sou advogado
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Diploma sem valor: a dura realidade do mercado de trabalho brasileiro
No Brasil, a busca por um diploma universitário é vista como a chave para o sucesso profissional. No entanto, a realidade para muitos graduados é bem diferente. De nada adianta ter um diploma se você não tiver "conexões" ou "apadrinhamento". Sem "entrar no esquema", as chances de conseguir um bom emprego são mínimas.
Um sistema corrupto e elitista
O mercado de trabalho brasileiro é dominado por nepotismo, favorecimento e esquemas obscuros. As vagas de emprego muitas vezes não são divulgadas publicamente, mas sim preenchidas por "indicados" de políticos, empresários e membros de sociedades secretas.
Os jovens talentos ficam de fora
Jovens talentosos e qualificados, que não possuem "conexões", são relegados a segundo plano. A frustração e a desmotivação tomam conta daqueles que se dedicaram aos estudos e acreditavam que o diploma seria o passaporte para o sucesso.
Um futuro incerto
A falta de oportunidades para os jovens formados no Brasil gera um sentimento de insegurança e incerteza sobre o futuro. A fuga de cérebros para outros países aumenta, enquanto o país perde talentos valiosos.
É preciso mudança!
A sociedade brasileira precisa se mobilizar para combater a corrupção e o elitismo no mercado de trabalho. As universidades também devem se conscientizar da importância de preparar os alunos para a realidade do mercado, não apenas com conhecimento técnico, mas também com habilidades sociais e networking.
Só assim o diploma terá o valor que realmente merece.
#BastaDeEsquemas #MercadoDeTrabalhoJusto #FuturoParaOsJovens
Por que optei por não seguir a carreira de advogado apesar do meu diploma
No mar de escolhas profissionais, não é incomum nos encontrarmos em encruzilhadas, nos perguntando se o caminho que estamos trilhando é realmente destinado a nós. Este é um conto de realização, decepção e, em última análise, encontrar o verdadeiro chamado longe do caminho convencional que a sociedade anuncia. É sobre a minha jornada de me tornar um bacharel em direito para fazer um pivô decisivo para o mundo digital.
O sonho começa
Como muitos, minha jornada no mundo do direito começou com aspirações e um objetivo claro em mente. Tendo me formado em direito em 2009 em uma universidade local em Minas Gerais, Brasil, meu caminho parecia simples. O próximo passo lógico foi adquirir minha habilitação jurídica por meio da aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), um rito de passagem para todo aspirante a advogado.
A OAB é conhecida por seu rigoroso processo de avaliação, dividido em questões de múltipla escolha e uma fase de perguntas abertas, incluindo a elaboração de uma petição legal. Lembro-me vividamente de ter passado a primeira fase com louvor, pontuando mais de 70% ao responder corretamente às questões de múltipla escolha. Foi a segunda fase, no entanto, que se tornaria meu obstáculo.
Encontros com o fracasso
Redigir petições legais parecia bastante simples, especialmente dada a minha formação e preparação. Escolhendo Direito Civil para meus trabalhos, apresentei meu trabalho com confiança, apenas para ser recebido com um resultado impressionante – uma pontuação zero. De acordo com os examinadores, eu de alguma forma "me identifiquei" em minha apresentação, uma grave violação das regras do exame, anulando assim meus esforços.
Buscando clareza e justiça, entrei em contato, mas fui recebido com silêncio. Essa falta de resposta, aliada à inexplicável falha, levantou dúvidas em minha mente sobre a integridade do sistema de exames. Apesar desse revés, tentei novamente anos depois, apenas para enfrentar o mesmo resultado inexplicável.
Uma mudança de perspectiva
Foi durante esse período de esforços repetidos e subsequentes decepções que comecei a questionar meu caminho. Minhas experiências com a OAB, combinadas com minha exposição ao setor público por meio de um trabalho municipal, revelaram uma verdade desanimadora. O sucesso parecia depender não do mérito ou do conhecimento, mas das conexões e, possivelmente, da corrupção. Minha desilusão cresceu, me guiando para um pivô drástico na carreira.
Abraçando o mundo digital
Desde 2007, antes mesmo de me formar, eu me interessava pelo espaço digital, trabalhando com aplicativos de internet, sites e blogs. Esse interesse lateral lentamente evoluiu para uma paixão, oferecendo-me uma fuga e um caminho alternativo de carreira longe do mundo jurídico. A liberdade, a criatividade e a justiça que encontrei no mundo digital contrastavam fortemente com o mundo opaco e aparentemente arbitrário do direito e do serviço público que eu havia experimentado.
Em última análise, não se tratava apenas de deixar a lei ou o setor público; tratava-se de perseguir uma vocação onde o mérito e o trabalho árduo fossem reconhecidos e valorizados. Foi uma decisão alimentada por experiências, mas encorajada pela crença de que não se deve se conformar com caminhos pré-determinados para encontrar sucesso e realização.
Minha jornada de bacharel em direito a entusiasta digital ressalta uma verdade mais ampla aplicável a muitos: encontrar o chamado às vezes requer se afastar dos caminhos tradicionais e explorar territórios desconhecidos. Embora o sonho inicial fosse servir à justiça e à lei, a realidade que encontrei me empurrou para um espaço onde senti que meus esforços e habilidades poderiam genuinamente prosperar sem barreiras invisíveis.
Essa narrativa não é apenas sobre a desilusão pessoal com a advocacia ou com o setor público; É uma prova do poder da resiliência e da coragem de buscar uma nova direção quando o caminho tradicional não nos serve mais. Seja no direito, na tecnologia ou em qualquer área, a chave é encontrar onde podemos causar o impacto mais significativo e, às vezes, isso significa criar nosso próprio caminho.