O "Olho que tudo vê" é cego
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A Ordem e o progresso é somente para o "Olho que tudo vê". Para todas as outras coisas o "Olho que tudo vê" é cego, surdo e mudo.
Você já se perguntou o que significa aquele símbolo de um olho dentro de um triângulo que aparece em notas de dólar, igrejas e edifícios maçônicos? Esse símbolo é conhecido como o Olho da Providência ou o Olho que tudo vê, e tem uma história fascinante e controversa.
O Olho que tudo vê é um símbolo que representa a onisciência de Deus, ou seja, a sua capacidade de ver e saber tudo o que acontece no universo. Ele também simboliza a sua presença e proteção sobre a humanidade. O olho é frequentemente cercado por raios de luz, que indicam a sua glória e iluminação. O triângulo que envolve o olho representa a Santíssima Trindade, formada pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.
As origens do Olho que tudo vê remontam à arte religiosa da Renascença, quando ele começou a ser usado para representar Deus em pinturas e livros. Um dos primeiros exemplos é a obra "Ceia em Emaús", de Portormo, datada de 1525. Outro exemplo é o livro "Iconologia", publicado em 1593, que inclui o Olho da Providência como um atributo da personificação da Divina Providência.
No entanto, o Olho que tudo vê não é um símbolo exclusivamente cristão. Ele também pode ser encontrado em outras tradições religiosas e espirituais, como o hinduísmo, o budismo e o ocultismo. Nesses contextos, o olho pode representar a consciência cósmica, a sabedoria esotérica ou o terceiro olho, que é um centro energético localizado na testa e relacionado à intuição e à percepção extra-sensorial.
O Olho que tudo vê também é um símbolo muito associado à Maçonaria, uma sociedade secreta que surgiu na Europa no século 18 e que reúne pessoas com interesses filosóficos, políticos e sociais. Os maçons usam o Olho da Providência como um lembrete da presença constante de Deus em suas vidas e em seus trabalhos. Eles também acreditam que o olho simboliza a busca pela verdade e pelo conhecimento.
Mas nem todos veem o Olho que tudo vê com bons olhos. Há quem interprete esse símbolo como uma evidência de uma conspiração global envolvendo grupos poderosos e ocultos que pretendem dominar o mundo. Um desses grupos seria os Illuminati, uma suposta sociedade secreta de elite que teria influência sobre governos, religiões e mídias. Essa teoria ganhou força com a popularização do livro "O Código Da Vinci", de Dan Brown, que mistura ficção e fatos históricos.
Um dos argumentos usados pelos teóricos da conspiração é o fato de o Olho que tudo vê aparecer na nota de um dólar dos Estados Unidos e no verso do Grande Selo dos EUA. Eles alegam que isso seria uma prova de que os Illuminati teriam infiltrado os fundadores da nação americana e estariam por trás das decisões políticas e econômicas do país.
No entanto, essa hipótese não tem fundamento histórico. O Olho da Providência foi incorporado ao Grande Selo dos EUA em 1782 por Charles Thomson, secretário do Congresso Continental, que era um cristão devoto e não tinha nenhuma ligação com os Illuminati ou com a Maçonaria. Ele escolheu esse símbolo para expressar a ideia de que Deus estava guiando os destinos da nova nação.
O Grande Selo dos EUA só foi impresso na nota de um dólar em 1935, por iniciativa do presidente Franklin Roosevelt, que era maçom.