Explico que "Nem tudo que reluz é ouro". Nem tudo que reluz é ouro é uma melhor gíria para dizer, nem tudo o que a gente acredita que é, é verdade.

Você já ouviu esse ditado popular? Ele significa que nem sempre as aparências correspondem à realidade, e que devemos ter cuidado com as ilusões e os enganos. Mas você sabe qual é a origem dessa expressão e o que ela tem a ver com o papa?

A frase completa é "nem tudo que reluz é ouro e nem todo aquele que anda de batinha é o papa". Ela surgiu na Idade Média, quando havia uma disputa entre dois papas: Urbano VI e Clemente VII. Ambos se consideravam os legítimos sucessores de Pedro, o primeiro papa da Igreja Católica, e tinham o apoio de diferentes reis e nobres da Europa. Essa situação ficou conhecida como o Grande Cisma do Ocidente, e durou de 1378 a 1417. Durante esse período, houve muita confusão e divisão entre os fiéis, que não sabiam a quem seguir. Além disso, havia muitos falsos profetas e impostores que se aproveitavam da situação para enganar o povo. Foi nesse contexto que surgiu o ditado "nem tudo que reluz é ouro e nem todo aquele que anda de batinha é o papa". Ele servia como um alerta para as pessoas não se deixarem levar pelas aparências, e buscarem a verdadeira fé e a verdadeira autoridade espiritual.

Hoje em dia, esse ditado ainda é usado para expressar a ideia de que devemos ser críticos e cautelosos diante das coisas e das pessoas que nos parecem muito boas ou muito ruins. Nem sempre o que brilha é valioso, e nem sempre o que se veste de humildade é santo.