O Rei de Amarelo e as Sociedades Secretas
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O Rei de Amarelo e as Sociedades Secretas: uma análise da influência dos mitos de hp Lovecraft e o eterno retorno de Nietzsche na série true detective
A série True Detective, criada por Nic Pizzolatto, é uma das mais aclamadas produções televisivas dos últimos anos. A primeira temporada, protagonizada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, acompanha a investigação de dois detetives sobre uma série de assassinatos rituais no estado da Louisiana, nos Estados Unidos. A trama envolve elementos de horror cósmico, filosofia existencialista e referências literárias, especialmente ao livro O Rei de Amarelo, de Robert W. Chambers.
O Rei de Amarelo é uma coletânea de contos publicada em 1895, que apresenta uma peça teatral fictícia de mesmo nome, capaz de enlouquecer quem a lê ou assiste. A peça é ambientada em uma cidade decadente chamada Carcosa, governada pelo misterioso Rei de Amarelo, uma entidade sobrenatural que usa uma máscara amarela. A obra de Chambers influenciou diversos autores de horror e fantasia, entre eles hp Lovecraft, que incorporou alguns elementos do Rei de Amarelo em seu universo ficcional dos Mitos de Cthulhu.
Os Mitos de Cthulhu são um conjunto de histórias que retratam um panteão de entidades cósmicas antigas e malignas, que existem além da compreensão humana e que podem causar a ruína da humanidade. Lovecraft criou uma mitologia própria, baseada em sua visão pessimista e niilista da realidade, e inspirada em autores como Edgar Allan Poe, Arthur Machen e Algernon Blackwood. Entre as criaturas mais famosas dos Mitos de Cthulhu estão Cthulhu, Nyarlathotep, Azathoth e Yog-Sothoth.
A série true detective faz alusões aos Mitos de Cthulhu ao longo da primeira temporada, principalmente através do personagem Rust Cohle (McConaughey), um detetive cínico e atormentado por seu passado. Cohle é um adepto do pessimismo filosófico e do niilismo existencial, e expressa sua visão de mundo em monólogos memoráveis. Ele cita autores como Thomas Ligotti, Emil Cioran e Friedrich Nietzsche, e faz referência ao conceito do eterno retorno.
O eterno retorno é uma ideia filosófica que propõe que o universo e a vida se repetem infinitamente, em um ciclo sem fim. Nietzsche abordou essa ideia em sua obra Assim Falou Zaratustra, como um teste para avaliar o valor da existência humana. Segundo Nietzsche, o eterno retorno é o maior peso que se pode impor a um indivíduo, pois significa que ele terá que viver sua vida exatamente da mesma forma, com todas as suas alegrias e sofrimentos, sem possibilidade de mudança ou redenção.
A série true detective explora o tema do eterno retorno ao mostrar que os crimes investigados por Cohle e seu parceiro Marty Hart (Harrelson) fazem parte de uma rede de cultos e sociedades secretas que praticam rituais macabros há décadas, sem serem descobertos ou punidos. A série sugere que há uma conspiração envolvendo políticos, empresários e religiosos, que se beneficiam do poder e da impunidade que o Rei de Amarelo lhes confere. A série também questiona se os detetives conseguem escapar do ciclo de violência e corrupção que os cerca, ou se estão fadados a repetir seus erros e fracassos.
A série true detective é, portanto, uma obra que combina elementos de diferentes fontes literárias e filosóficas para criar uma narrativa complexa e envolvente. Ao relacionar o Rei de Amarelo e as sociedades secretas com os mitos de hp Lovecraft e o eterno retorno de Nietzsche, a série oferece uma reflexão sobre o sentido da vida humana em um universo hostil e indiferente.
O Rei de Amarelo, Sociedades Secretas e Múltiplas Dimensões: O Mistério Por Trás da Realidade e do Eterno Retorno
No vídeo exploramos temas fascinantes como o Rei de Amarelo, as sociedades secretas, e o conceito de múltiplas dimensões. Também discutiremos a intrigante possibilidade de viagem no tempo e como esses conceitos estão interligados. Parece um tema de ficção científica, mas será que há algo de real por trás dessas ideias? Vamos mergulhar nesse mistério!
O que é o Rei de Amarelo?
Primeiro, vamos falar sobre o Rei de Amarelo, um livro escrito no século XIX por Robert W. Chambers. Esse livro é considerado um clássico da literatura de terror e apresenta a história de uma peça de teatro enigmática chamada Carcosa, que possui a capacidade de enlouquecer aqueles que a assistem. Para quem já leu algo do autor H.P. Lovecraft, pode perceber semelhanças com o famoso mito de Cthulhu, já que ambos exploram mundos paralelos e realidades alternativas.
O mais interessante é que Carcosa, o mundo apresentado no livro, é uma espécie de dimensão paralela, uma realidade alternada onde o tempo e os eventos se desenrolam de forma única. Esse conceito de mundos paralelos e dimensões além da nossa é algo que remete diretamente ao que as sociedades secretas podem estar escondendo. Mas o que elas sabem sobre isso? E como isso se conecta com a ideia do Eterno Retorno?
O Eterno Retorno e as Múltiplas Dimensões
O filósofo alemão Friedrich Nietzsche, na virada do século XIX, introduziu o conceito do Eterno Retorno em sua obra A Gaia Ciência. Para Nietzsche, o Eterno Retorno é a ideia de que o universo e os eventos da nossa vida se repetem infinitamente, sem fim. O que aconteceria se você vivesse a sua vida da mesma forma, repetindo-a eternamente, com todas as suas escolhas e ações? Para alguns, essa ideia é um conceito aterrador, mas para outros, seria um convite a uma vida perfeita, sem arrependimentos.
Essa teoria pode parecer abstrata ou filosófica demais, mas ela tem conexões profundas com ideias de reencarnação e com a roda de Sansara, um conceito presente no hinduísmo e no budismo, que descreve o ciclo de nascimento, morte e renascimento. As ideias sobre a repetição infinita da vida e o aprisionamento em uma realidade repetitiva são temas recorrentes também em filosofias esotéricas e, claro, nas sociedades secretas.
Sociedades Secretas e o Mistério das Dimensões
As sociedades secretas, como a maçonaria e outras organizações mais misteriosas, parecem guardar e proteger conhecimentos antigos sobre a natureza da realidade. Alguns acreditam que essas sociedades sabem sobre a existência de múltiplas dimensões, incluindo dimensões paralelas e a possibilidade de viajar no tempo. Será que elas já descobriram formas de acessar essas dimensões e manipular o curso dos eventos?
De acordo com o autor de terror, o Rei de Amarelo é, em muitos aspectos, uma metáfora de como essas sociedades secretas mantêm o controle sobre a humanidade, mantendo as pessoas presas em uma simulação ou ilusão. E, como o próprio livro sugere, essa ilusão pode ser associada à peça Carcosa, onde a percepção da realidade é distorcida, e o tempo se torna maleável. Se o tempo é maleável, podemos estar vivendo em um ciclo de repetição, ou até mesmo presos em uma realidade que não é a “real” – ou seja, uma espécie de simulação.
True Detective e o Símbolo da Espiral
Quem assistiu à primeira temporada da série True Detective, da HBO, pode perceber algumas referências que se conectam diretamente com os temas discutidos aqui. A série explora o conceito de uma espiral como um símbolo que aparece constantemente, remetendo à ideia de ciclos repetitivos. A espiral, por sua vez, é um símbolo muito utilizado por sociedades secretas e também remete à noção de que estamos aprisionados em um ciclo sem fim, uma visão bem parecida com o conceito do Eterno Retorno de Nietzsche.
Em True Detective, a espiral é associada a rituais de sociedades secretas, cujos membros parecem ter acesso a esse conhecimento oculto sobre o tempo e as dimensões. O mais interessante é que, na série, a espiral é utilizada como um símbolo de uma realidade que se repete, um ciclo de eventos inescapáveis.
O Mundo é uma Ilusão?
Agora, a questão que surge é: será que o mundo em que vivemos é uma ilusão? Muitos filósofos e teorias religiosas, como o espiritismo e outras vertentes esotéricas, sugerem que estamos vivendo em uma realidade construída pela nossa mente, onde a reencarnação ou a viagem no tempo são possíveis. Esse é o grande mistério por trás das ideias apresentadas no Rei de Amarelo e em conceitos como a roda de Sansara.
Essas tradições religiosas afirmam que estamos presos em um ciclo de vidas e mortes, e que, após a morte, a alma reencarna em um novo corpo, perpetuando um ciclo infinito de experiências. Isso se conecta com a ideia do Eterno Retorno, em que os eventos de nossas vidas se repetem continuamente. Algumas pessoas relatam experiências de déjà vu ou a sensação de que já viveram certas situações anteriormente, o que pode ser interpretado como uma pista de que estamos realmente presos em uma realidade repetitiva e ilusória.
O Que Está Por Trás de Tudo Isso?
É claro que nada disso pode ser comprovado cientificamente, mas as coincidências e as ideias apresentadas por esses autores, como o Rei de Amarelo e Nietzsche, deixam espaço para reflexões profundas sobre a natureza da realidade e o papel das sociedades secretas no ocultamento desses conhecimentos.
Será que o Rei de Amarelo é uma metáfora para esse aprisionamento em um ciclo infinito de vidas e mortes? Será que a humanidade está presa em um jogo de múltiplas dimensões, em que o tempo e a realidade são manipulados por forças ocultas? Essas perguntas continuam sem resposta, mas a busca por entendimento continua, alimentada por teorias, livros e filmes como True Detective.
A verdadeira questão é: o que você acredita? Estamos realmente presos em uma ilusão, ou existe algo mais profundo e misterioso em nosso mundo? Compartilhe suas opiniões e experiências sobre o Eterno Retorno, o Rei de Amarelo, e as sociedades secretas nos comentários. O que você acha que é real, e o que pode ser apenas parte de uma simulação?
Um grande abraço a todos e até a próxima!