Como os Cavaleiros Templários se tornaram os primeiros banqueiros
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Os Cavaleiros Templários são conhecidos por sua bravura nas Cruzadas, sua devoção a Cristo e seu trágico fim nas mãos do rei francês e do papa. Mas você sabia que eles também foram os pioneiros do sistema bancário moderno?
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Templários, foi fundada em 1118 por nove cavaleiros franceses que juraram proteger os peregrinos cristãos na Terra Santa. Eles receberam do rei de Jerusalém um palácio no Monte do Templo, onde acreditavam que ficava o antigo Templo de Salomão. Daí surgiu o nome da ordem e o seu símbolo: dois cavaleiros montados em um único cavalo, representando a pobreza e a fraternidade.
Os Templários logo ganharam o apoio da Igreja e de nobres europeus, que lhes doaram dinheiro, terras, cavalos, armas e mantimentos. A ordem cresceu em número e em prestígio, tornando-se uma elite militar nas Cruzadas e uma força política na Europa. Eles também desenvolveram uma rede de fortalezas, igrejas, fazendas e portos em vários países, especialmente na França e na Inglaterra.
Mas como os Templários passaram de monges guerreiros a banqueiros? A resposta está na sua missão original: proteger os peregrinos. Na Idade Média, viajar para Jerusalém era uma aventura perigosa e cara. Os peregrinos corriam o risco de serem assaltados, sequestrados ou mortos por ladrões e muçulmanos. Além disso, eles tinham que levar consigo moedas de ouro e prata para pagar as despesas da viagem, o que os tornava alvos ainda mais tentadores.
Foi então que os Templários tiveram uma ideia genial: criar um sistema de crédito que permitisse aos peregrinos depositar o seu dinheiro em uma casa templária na Europa e receber um documento que comprovasse o valor depositado. Com esse documento, eles poderiam viajar com mais segurança e facilidade, e sacar o seu dinheiro em outra casa templária na Terra Santa, ou em qualquer lugar onde houvesse uma filial da ordem.
Esse sistema foi o precursor dos cheques e das letras de câmbio, que facilitaram o comércio internacional na época. Os Templários também cobravam juros pelos seus serviços, criando assim um lucrativo negócio bancário. Eles emprestavam dinheiro a reis, nobres, comerciantes e até ao próprio papa, tornando-se os banqueiros mais poderosos da Europa.
Mas esse poder também trouxe inveja e inimigos. Em 1307, o rei Filipe IV da França, que estava profundamente endividado com os Templários, ordenou a prisão e a tortura de todos os membros da ordem no seu território, acusando-os de heresia, blasfêmia e sodomia. O papa Clemente V, que era aliado do rei, dissolveu a ordem em 1312 e confiscou os seus bens. O último grão-mestre dos Templários, Jacques de Molay, foi queimado na fogueira em 1314.
Apesar da sua extinção oficial, os Templários continuaram a fascinar a imaginação popular por séculos. Muitas lendas surgiram sobre o seu destino, o seu tesouro escondido, o seu conhecimento secreto e a sua suposta ligação com outras sociedades secretas, como os maçons. Até hoje, eles são admirados por sua coragem, sua fé e sua inovação.