Aither - Eterno Deus Éter
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A Mitologia Grega e o Conceito do Éter: O Quinto Elemento
Hoje, vamos mergulhar em um dos conceitos mais fascinantes da mitologia grega e da filosofia antiga: o éter, um elemento fundamental para os antigos gregos e também um ponto de referência para filósofos como Aristóteles e Nikola Tesla. O éter não só aparece em textos mitológicos, mas também foi considerado por muitos como uma substância que conectava e dava forma ao cosmos. Vamos explorar o significado, a origem e as várias interpretações sobre esse mistério energético que permeia a mitologia e a ciência.
O Que é o Éter?
Na mitologia grega, o éter é um elemento de vital importância. Ele é descrito como o ar superior, também conhecido como o ar da luz ou o céu superior. Diferente dos outros três ares — o ar médio (que envolvia o mundo mortal), o ar inferior (relacionado ao mundo dos mortos, conhecido como Erebus) e o ar da escuridão — o éter representava a luz celestial, o espaço dos deuses. Esse elemento transcende os mundos dos humanos e dos deuses, formando uma barreira energética que conecta essas realidades.
Em termos mitológicos, o éter é visto como uma névoa incolor e brilhante que envolve o mundo, sendo o domínio dos deuses celestiais e a morada das estrelas, do sol e da lua. Além disso, ele era considerado como uma espécie de campo de força ou escudo que separava o mundo dos mortais do reino divino.
O Éter na Filosofia de Aristóteles
Na filosofia de Aristóteles, o éter não era apenas um elemento mitológico, mas uma substância fundamental do universo. Aristóteles via o éter como o quinto elemento, além dos conhecidos quatro elementos: terra, fogo, água e ar. Segundo ele, o éter era a substância que preenchia o espaço entre os corpos celestes e era responsável por sua imobilidade e eternidade.
Em seu livro Sobre os Céus, Aristóteles descreve o éter como um corpo primário e eterno que não se alteraria com o tempo. Para ele, o éter tinha uma propriedade especial de movimento circular, sendo considerado perfeito em sua pureza e estabilidade. Ele também foi considerado a energia que mantém os corpos celestes em seu lugar e impede qualquer mudança no céu ou nas estrelas.
A Conexão do Éter com a Energia Universal
A ideia do éter não se limitava apenas ao campo filosófico ou mitológico. Filósofos e cientistas como Nikola Tesla também viram o éter como uma energia universal que permeia toda a matéria. Tesla acreditava que o éter era uma espécie de campo energético invisível, algo similar a uma rede cosmológica que interconectava todos os seres e corpos. Ele imaginava que, assim como a eletricidade percorre fios e cabos, o éter poderia ser canalizado para gerar energia de forma infinita e sem fio.
Tesla chegou até a propor que essa energia invisível poderia ser utilizada para criar dispositivos voadores ou até pranchas flutuantes — como se as pessoas pudessem “surfar” no éter. A ideia era que, com a manipulação do éter, seria possível criar um campo magnético que permitiria que objetos se movessem sem a necessidade de motores tradicionais.
O Éter como uma Energia Infinita
O conceito do éter é fascinante não apenas na mitologia e filosofia, mas também na energia cósmica que ele representava. Em diversas tradições e teorias, o éter era visto como um campo energético eterno, sempre fluindo e fornecendo energia para o movimento de corpos celestes e seres humanos. O éter estava presente em todos os lugares, e era considerado o elo de ligação entre todos os elementos da natureza e da vida.
O étera era uma espécie de “rede cósmica”, funcionando de forma similar à energia sem fio que percorre o nosso planeta. Em um sentido mais filosófico, ele poderia ser considerado a força que movimenta os seres humanos e as estrelas, algo que une todos os aspectos da existência. Ao invés de depender de fontes físicas de energia, como alimentos ou eletricidade, o éter ofereceria energia infinita, criando um ciclo constante e perfeito.
O Éter e a Cosmogonia Grega
No contexto da cosmogonia grega, o éter tinha um papel primordial. Ele não apenas formava o espaço entre os mortais e os deuses, mas também ajudava a separar o dia da noite, sendo a luz do amanhecer que transicionava para a escuridão da noite. O éter brilhava de maneira especial durante o dia, como uma energia pura e radiante. Sua irmã, Hemera, personificava o dia, enquanto Nyx era a deusa da noite, que trazia o manto escuro para a terra, cobrindo-a com o véu da escuridão.
O Éter no Contexto Moderno
Interessante observar como o conceito de éter evoluiu ao longo do tempo. Embora a teoria do éter como um elemento cósmico tenha sido eventualmente abandonada pelas ciências modernas, o conceito de uma energia invisível que conecta todos os aspectos da realidade ainda é bastante relevante. Muitos estudiosos modernos acreditam que a ideia de uma energia universal se reflete em conceitos como o campo quântico ou a matéria escura — energias ainda não completamente compreendidas pela ciência, mas que desempenham um papel essencial no universo.
Além disso, a ideia de um campo energético invisível, como o éter, está de certa forma ligada à tecnologia moderna. A energia sem fio que usamos no dia a dia, como as ondas de rádio ou os sinais de internet sem fio, pode ser vista como uma versão prática e moderna do que os antigos chamavam de éter. Uma rede invisível que nos conecta, permitindo a comunicação e a transmissão de energia sem necessidade de cabos ou fios.
O éter foi um conceito fascinante e multifacetado que percorreu não apenas a mitologia grega, mas também a filosofia e a ciência. Na mitologia, ele representava a luz e a pureza, o campo que separava os deuses dos mortais. Para os filósofos como Aristóteles, era o quinto elemento que sustentava a perfeição do cosmos. Para cientistas como Nikola Tesla, o éter era uma energia universal que poderia ser utilizada para criar um futuro sem fios.
A ideia de uma energia invisível que permeia o universo e conecta todos os seres é uma das ideias mais poderosas da história do pensamento humano, e continua a inspirar novas descobertas e teorias. Quem sabe o que o futuro nos reserva em relação a esse conceito misterioso e grandioso?
O Quinto Elemento seria uma espécie de energia que liga todos os corpos, os antigos acreditavam que ele seria o escudo que dividiu o ar dos mortais do ar dos Deuses . Derivado do verbo aítho, "queimar", "fazer brilhar", é usado na Hélade genericamente para "queimado de sol". Desse modo, conforme o contexto, pode significar tanto "fazer brilhar" quando "tornar-se escuro como fuligem". Éter está entre Urano e o ar. Por personificar o céu superior, considera-se sua camada mais pura que aquela próxima da terra. Entretanto, Éter é luz que queima ao iluminar. Há uma tensão no verbo do qual deriva. Significa tanto "fazer luzir" quanto "escurecer", conforme o contexto. Em Urano, esta dinâmica específica está ausente.
"Em todo o espectro dos tempos passados até que se registrem o nosso legado nenhuma mudança parece ter ocorrido nem do esquema Geral do Extremo exterior do céu nem em qualquer outra de suas partes o nome comum também que chega de nossos distantes ancestrais até os nossos dias parece mostrar que eles concebiam o céu do modo como estamos expressando, as mesmas idéias devemos acreditar, e elas recorrem a mente dos homens não uma ou duas mas repetidas vezes, implicando que o corpo primário é algo além de terra, fogo, ar e água eles davam algum nome próprio Aither derivado do fato de fluir sempre por toda a eternidade do tempo" - Aristóteles em seu livro Sobre os céus.
Estes últimos são compostos por um ou por todos os quatro elementos clássicos (terra, água, ar, fogo), que são deterioráveis, enquanto que a matéria celeste é constituída por éter inextinguível, por isso os corpos não estão sujeitos à geração e corrupção. Consequentemente, seus movimentos são eternos e perfeitos, e o movimento perfeito é o circular que, ao contrário dos movimentos terrestres, para cima e para baixo, por si só pode durar eternamente. As substâncias corpos celestes possuem matéria (éter) e forma: ao que parece, Aristóteles os considerava como seres vivos, com uma alma racional como forma.
Éter é a camada superior do cosmo, posicionado entre Urano (Céu) e o ar e, por isso mesmo, personifica o céu superior, incandescente, onde a luz é mais pura que na camada mais próxima da Terra, dominada pelo ar. Personificado na Teogonia de Hesíodo (116-132), Éter é filho de Nix, a Noite, e irmão de Hemera, o Dia.
Éter é a personificação do brilho do ar superior do céu – a substância da luz. Acima dele encontra-se a abóboda maciça do deus que personifica o céu, Urano, e abaixo, as brumas transparentes do ar ligado à terra. Ao anoitecer, sua mãe, Nix, puxa seu véu da escuridão entre o éter e o ar para trazer a noite ao homem. Ao amanhecer, sua irmã, Hemera, dispersa estas névoas, revelando o éter azul brilhante do dia. Noite e dia foram considerados como independentes do sol nas cosmogonias mais antigas. Éter foi um dos três “ares”. O ar médio foi Aer ou Khaos, uma névoa incolor que envolveu o mundo mortal. O ar inferior foi Érebo, as névoas da escuridão, que envolveu os lugares sombrios debaixo da terra e do reino dos mortos. O terceiro foi o ar superior de Éter, a névoa de luz, morada dos deuses celestes. Ele envolveu os píncaros das montanhas, as nuvens, as estrelas, o sol e a lua. As próprias estrelas foram ditas como formadas a partir dos fogos concentrados de éter.