Das Lives NPC ao “Fakelove”
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Das Lives NPC ao “Fakelove”: A Evolução (ou Involução?) do Show Virtual no TikTok
Se você achava que a internet já tinha atingido seu limite de bizarrice com as lives de NPC — aquelas transmissões onde pessoas imitam personagens de videogame repetindo frases como “ice cream so good” enquanto esperam um presente virtual cair — o TikTok resolveu provar que sempre dá pra ir além. Afinal, a criatividade humana não tem fronteiras… principalmente quando o assunto é ganhar dinheiro.
Era NPC: Quando virar personagem virou profissão
Tudo começou com uma simples equação: pessoas entediadas + presentes virtuais + repetição infinita de frases sem sentido = renda extra. De repente, virou normal ver gente fazendo movimentos robóticos, imitanto glitches e reagindo com entusiasmo exagerado a emojis que custam centavos… ou reais. Tinha quem achasse engraçado, quem achasse deprimente, e claro, quem visse oportunidade.
Nasceu então uma “profissão”: o NPC influencer. Um emprego futurista, digno de um Black Mirror de baixo orçamento.
Chega o “Fakelove”: porque se fingir de robô já não era o suficiente
Mas a internet nunca fica no mesmo nível por muito tempo. Após saturar a timeline com expressões mecânicas e frases repetidas à exaustão, surgiu a nova moda: o “fakelove”.
Agora, em vez de simular um personagem bugado de jogo, muitas garotas fazem lives fingindo namoro com o público. É isso mesmo: um romance sob encomenda, pago com presentes virtuais. Cada coração enviado compra alguns segundos de atenção, um “amor” personalizado, e às vezes até um drama improvisado digno de novela mexicana.
É o pay-per-love, a assinatura emocional, a ilusão romântica com validade de acordo com o saldo da sua carteira virtual.
O roteiro perfeito para quem quer carinho instantâneo (e monetizável)
No fim, é um relacionamento 100% seguro: nada de encontros, nada de cobrança real, nada de compromisso — só o dinheiro que não pode faltar. É praticamente um relacionamento moderno… só que sem riscos e muito mais lucrativo.
E por que isso funciona?
Simples: carência vende. Sempre vendeu, sempre vai vender. E agora vende em tempo real, com filtros bonitos, enquadramento perfeito e frases decoradas.
Para alguns, é entretenimento. Para outros, é um escape emocional barato. E para quem faz a live… é um negócio. Um negócio que transforma solidão em moeda e afeto em microtransação.
O futuro: o que vem depois?
Difícil saber. Mas se tem uma coisa garantida no TikTok, é que qualquer coisa pode virar uma fonte de renda, desde que alguém esteja disposto a pagar para assistir — ou participar.