A verdade sobre Jim Jones e a seita Jonestown
- Copie o link
- Via Facebook
- Via Twitter
- Via Pinterest
- Via Google+
- Via Linkedin
- Via Email
- Turn off the light
O MkUltra projeto nefasto implementado pelos EUA, cujos resultados vemos até hoje, podemos começar a compreender porque Jim Jones é uma das peças do quebra cabeça.
Jim Jones veio para o Brasil em 1961. Primeiro viveu em Belo Horizonte com a família, depois estabeleceu-se no Rio de Janeiro. Ele não era quem parecia ser. Evidências consistentes apontam que ele seria um recrutado da CIA, porquanto foi amigo de Dan Mitrione (conheciam-se desde a infância), agente da inteligência norte americana, aprendendo dele técnicas de tortura, lavagem cerebral e contra-insurgência (derivadas do MK Ultra). Os Estados Unidos, sabe-se, intervieram na América do Sul, mais precisamente em países onde havia governos ditos comunistas, com a finalidade de arquitetar golpes de Estado, com o objetivo de colocar seus lacaios no poder. Neste sentido, Dan Mitrione foi uma figura importante. Sabia como arrancar confissão de presos.
Jones e família foram morar na Rua Marabá 203, rua bonita situada em um bairro atraente de Belo Horizonte, onde não vivia ninguém pobre, o alvo de suas pregações. Seus vizinhos eram quase todos profissionais liberais: médicos, advogados, professores, engenheiros e jornalistas. Portanto não era o tipo de lugar de onde ir-se-ia pregar aos pobres.
De acordo com vizinhos, saia de casa todos os dias de manhã cedo como se fosse trabalhar, retornando tarde da noite. Sebastião Rocha, engenheiro que morava perto, observava geralmente Jones carregar uma grande mala de couro; também não raro viam-no em Betim, cidade próxima.
A alguns vizinhos falava que trabalhava numa grande empresa da época, a Eureka Lavanderias. Segundo o senhor Sebastião Dias de Magalhães, chefe de relações industriais no ano de 1962, Jones jamais integrou seus quadros. Ele acreditava que Jones mentiu a fim de esconder seu verdadeiro trabalho, ou seja, ser agente da CIA no Brasil.
Por algum tempo, Jones sumiu misteriosamente de Belo Horizonte.
Conforme Elza Rocha, quando o nosso misterioso personagem voltou, ele disse-lhe que havia viajado aos EUA para participar de treinamento especial do maquinário usado pela Eureka. Alegou ser um capitão aposentado da Marinha, havendo sofrido bastante na Guerra da Coreia, e por conta disso recebia pensão mensal das Forças Armadas.
Jones tinha acumulado riqueza incrível. As estimativas da imprensa variaram de 26 milhões a 2 bilhões de dólares, incluindo contas bancárias, investimentos estrangeiros e imobiliário. Contas foram criadas em todo o mundo por membros-chave, muitas vezes em nome de certas pessoas do Templo [laranjas]. Grande parte deste dinheiro, de capital aberto depois do massacre, desapareceu misteriosamente. De especial interesse foram as contas bancárias da Suíça abertas no Panamá, o dinheiro retirado do acampamento, e os extensos investimentos em Banco de Barclay. Outras fontes de renda incluíram a família de Lisa Philips Layton, a mãe de Larry. Além disso, há indícios de que Blakey e outros membros complementaram os fundos do templo com o contrabando internacional de armas e drogas.
Para compreender esta bem financiada operação sinistra, devemos abandonar o mito de que esta era uma comunidade religiosa e estudar de vez a história que levou à sua formação. Jonestown era um experimento, parte de um programa de 30 anos chamado MK-ULTRA, nome dado pela CIA e militares ao código de inteligência para o controle da mente. Um estudo minucioso de 1974, mostra que essas agências tinham certas "populações-alvo" em mente, para o controle individual e em massa. Os negros, as mulheres, os prisioneiros, os idosos, os jovens, e os presos de alas psiquiátricas foram selecionados como "potencialmente violentos". Havia planos na Califórnia na época para um Centro de Estudos e redução da violência, ampliando o trabalho horrível de Dr. José Delgado, drs. Mark e Ervin, e Dr. Jolly West, especialistas em implantação, psicocirurgia e tranqüilizantes.
As cobaias seriam provenientes das fileiras das "populações-alvo", e levadas para uma base militar de lançamento de míssil isolado na Califórnia. No mesmo período, Jones começou a mover os membros do Templo para Jonestown. Eram a população exata selecionada para esses testes. As notas diárias e registros meticulosos de drogas mantidos por Larry Schacht desapareceram, mas as evidências não. A história de seus programas irmãos (MK-DELTA, Alcachofra, Azulão, etc) registra uma combinação de medicamentos, drogas misturas, eletrochoque e tortura como métodos de controle. Os resultados desejados variaram de amnésia temporária e permanente, confissões desinibidas e criação de segundas personalidades a assassinos programados e pré-condicionados impulsos suicidas. Um dos objetivos foi a capacidade de controlar as populações de massa, especialmente para mão de obra barata.
Na cena de Jonestown, as tropas guianesas descobriram uma grande quantidade de drogas, suficiente para toda a população de Georgetown, por mais de um ano. De acordo com os sobreviventes, estes foram sendo usados regularmente "para controlar" uma população de apenas 1.100 pessoas. Um baú continha 11.000 doses de thorazine, um tranqüilizante perigoso. Drogas usadas no teste para MK-ULTRA foram encontradas em abundância, incluindo pentatol de sódio (um soro da verdade), hidrato de cloral (um hipnótico), demerol, tálio (confunde o pensamento), e muitos outros. Schacht tinha suprimentos de haliopareael e largatil também, dois outros tranquilizantes poderosos.
A descrição real da vida em Jonestown é a de um campo de concentração completo, com experimentação médica e psiquiátrica. As tensões e isolamento das vítimas são típicas de técnicas de lavagem cerebral sofisticadas. As drogas e torturas especialmente acrescentam um aspecto experimental adicional para o horror. Isso explica mais claramente as marcas médicas sobre os corpos, e por isso eles tiveram que ser removidos. Ele também sugere um motivo a mais para frustrar qualquer autópsia química, uma vez que estes medicamentos teriam sido encontrados no organismo dos mortos. A história de Jonestown é de uma experiência horrível, não uma sociedade religiosa utópica.