A Nova Era (New Age) é, segundo os místicos e astrólogos, o advento da Era de Aquário. Para eles, estamos no final da Era de Peixes, dominada pelo pensamento cristão “repressivo, retrógrado e preconceituoso”. O próximo Eon (ou Era) será o fim da “dominação cristã” e o início de um tempo de luz (lúcifer), tecnologia e falsa paz.

As datas exatas de início variam de acordo com as diversas linhas de pensamento. Astrônomos defendem que a Era de Aquário vai começar só no ano de 2600. Já alguns astrólogos acham que ela teve início em Janeiro de 2001, quando começou o terceiro milênio.

Peixes é regido por Netuno que carrega também a energia de ilusão. Já a Era de Aquário vem para transmutar esse antigo pensamento que foi necessário e fez parte do processo evolutivo da Terra, mas que agora não serve mais. Por isso o termo tão usado “Nova Era”.

A Nova Era de Aquário e a falsa oposição

Muitas pessoas acreditam que estamos vivendo uma transição planetária para a Era de Aquário, um período de paz, harmonia, fraternidade e espiritualidade. Segundo essa visão, a Era de Aquário seria o oposto da Era de Peixes, que teria sido marcada por guerras, conflitos, dogmas e materialismo.

Mas será que essa é uma oposição verdadeira? Será que a Era de Aquário é realmente uma novidade ou apenas uma continuação da mesma lógica que dominou a Era de Peixes? Será que estamos preparados para viver os valores aquarianos ou ainda estamos presos aos padrões piscianos?

Neste artigo, vamos analisar alguns aspectos da Nova Era de Aquário e da falsa oposição que ela representa em relação à Era de Peixes. Vamos ver como podemos nos libertar das ilusões e dos enganos que podem nos impedir de aproveitar as oportunidades e os desafios que essa nova fase nos oferece.

O que é a Era de Aquário?

A Era de Aquário é um conceito astrológico que se baseia no fenômeno da precessão dos equinócios. Esse fenômeno consiste na mudança gradual do ponto em que o Sol cruza o equador celeste na época do equinócio de primavera no hemisfério norte (ou de outono no hemisfério sul). Esse ponto se desloca ao longo do zodíaco, passando por cada um dos 12 signos a cada 2.160 anos aproximadamente. Assim, cada signo rege uma era astrológica que dura cerca de 25.920 anos.

Segundo alguns astrólogos, estamos saindo da Era de Peixes, que teria começado por volta do ano 1 d.C., e entrando na Era de Aquário, que teria iniciado por volta do ano 2000 d.C. Cada era traz consigo as características do signo que a rege, influenciando a cultura, a religião, a política, a ciência, a arte e a consciência da humanidade.

A Era de Peixes teria sido caracterizada pela fé, pela emoção, pela imaginação, pelo sacrifício, pela compaixão, pela entrega e pela transcendência. Nessa era, surgiram as grandes religiões monoteístas (cristianismo, islamismo e judaísmo), que pregaram a salvação pela graça divina e pela renúncia ao mundo material. A arte pisciana foi marcada pelo romantismo, pelo misticismo, pelo simbolismo e pela expressão dos sentimentos. A ciência pisciana foi influenciada pelo idealismo, pelo subjetivismo e pelo relativismo.

A Era de Aquário, por sua vez, seria caracterizada pela razão, pela liberdade, pela inovação, pela fraternidade, pela originalidade, pela rebeldia e pela evolução. Nessa era, surgiriam novas formas de espiritualidade baseadas na experiência pessoal e na integração com o todo. A arte aquariana seria marcada pelo modernismo, pelo surrealismo, pelo abstracionismo e pela ruptura com as convenções. A ciência aquariana seria influenciada pelo racionalismo, pelo objetivismo e pelo universalismo.

Peixes e Aquário

A primeira vista, pode parecer que a Era de Aquário representa uma mudança radical em relação à Era de Peixes. No entanto, essa é uma oposição falsa e superficial. Na verdade, tanto Peixes quanto Aquário são signos complementares e pertencem ao mesmo elemento: o ar. Isso significa que eles têm muito em comum e podem se harmonizar facilmente.

Ambos os signos são regidos por planetas transpessoais: Netuno para Peixes e Urano para Aquário. Esses planetas representam forças coletivas e inconscientes que afetam toda a humanidade. Eles também simbolizam a dissolução das fronteiras e das limitações impostas pela realidade concreta.