A política brasileira é frequentemente marcada por uma dicotomia cega e falsa entre esquerda e direita, que ignora a complexidade e a diversidade das ideias e dos interesses dos cidadãos. Essa dicotomia reduz o debate público a uma disputa maniqueísta entre dois polos opostos e irreconciliáveis, que se acusam mutuamente de serem os responsáveis pelos problemas do país. Essa dicotomia cega e falsa na política tem vários efeitos negativos para a democracia e para o desenvolvimento do Brasil. Explico a dicotomia cega entre machosfera x feminismo, disputas culturais inúteis e falsas brigas políticas encenadas pelo sistema para controle da massa.

Em primeiro lugar, ela dificulta o diálogo e a cooperação entre os diferentes atores políticos, que se fecham em suas bolhas ideológicas e se recusam a reconhecer os méritos e as limitações de cada posição. Em segundo lugar, ela impede a formação de uma agenda comum e de um projeto de nação, que contemple as demandas e as expectativas de todos os segmentos da sociedade. Em terceiro lugar, ela estimula o radicalismo e a intolerância, que geram violência e ódio entre os grupos antagônicos. 

A dicotomia cega e falsa na política é um obstáculo para a construção de uma sociedade mais justa, mais plural e mais participativa. É preciso superar essa lógica binária e simplista, que empobrece o debate político e afasta os cidadãos da vida pública. É preciso valorizar a diversidade de opiniões e de perspectivas, que enriquece o pensamento crítico e a criatividade. É preciso promover o diálogo e o consenso, que fortalecem a democracia e a cidadania. 

A política brasileira precisa de mais nuances, de mais matizes, de mais cores. Precisa de mais pontes, de mais laços, de mais abraços. Precisa de mais visão, de mais razão, de mais coração.