A Geração de idiotas
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Luís Eduardo Alló
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“Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapassar a interatividade humana. O mundo terá uma geração de idiotas” - Albert Einstein
O termo "geração de idiotas" foi popularizado pelo escritor e filósofo Olavo de Carvalho, que usa essa expressão para se referir aos jovens brasileiros que, segundo ele, são alienados, ignorantes e manipulados pela mídia e pela esquerda. Essa visão é compartilhada por muitos outros críticos da cultura e da política contemporâneas, que acusam os jovens de serem apáticos, conformistas e desinteressados pela realidade.
Mas será que essa é uma descrição justa e precisa da juventude atual? Será que os jovens são realmente uma geração de idiotas, ou há algo mais complexo e diverso por trás dessa generalização? E quais são as implicações dessa visão para a educação e a sociedade?
Neste artigo, vamos tentar responder a essas perguntas, analisando os argumentos dos que defendem e dos que contestam a ideia de uma geração de idiotas. Vamos também refletir sobre os desafios e as oportunidades que se apresentam para a formação dos jovens em um mundo cada vez mais globalizado, digitalizado e plural.
O que é uma geração de idiotas?
De acordo com estudiosos, uma geração de idiotas é aquela que "não sabe nada de história, de literatura, de arte, de filosofia, de ciência; não tem senso crítico; não tem capacidade de julgar; não tem ideias próprias; só repete slogans e clichês; só se interessa por futilidades e modismos; só obedece aos ídolos da mídia e aos líderes políticos corruptos; só pensa em sexo, drogas e diversão; só vive no presente; não tem projetos nem ideais; não tem patriotismo nem cidadania; não tem valores nem princípios; não tem fé nem esperança".
Essa definição é baseada em uma visão conservadora e elitista da cultura, que valoriza um conjunto de conhecimentos considerados clássicos e universais, e que despreza as manifestações culturais populares e contemporâneas. Essa visão também é influenciada por uma perspectiva ideológica de direita, que vê a esquerda como uma força maligna que busca dominar e destruir a sociedade.
Para os defensores da tese da geração de idiotas, os jovens são vítimas de um processo de doutrinação ideológica nas escolas e nas universidades, que os ensina a odiar o Brasil, a família, a religião, a moral e a tradição. Eles também são vítimas de uma indústria cultural que os bombardeia com mensagens subliminares que os induzem ao consumismo, ao hedonismo, ao relativismo, ao politicamente correto e ao multiculturalismo. Esses fatores teriam gerado uma geração de jovens alienados da realidade, incapazes de pensar por si mesmos, sem identidade nem personalidade. Uma geração de zumbis, manipulados por forças ocultas que querem implantar uma nova ordem mundial.
Por que essa tese é falsa?
A tese da geração de idiotas é falsa por vários motivos. Em primeiro lugar, ela se baseia em uma generalização abusiva e preconceituosa, que ignora a diversidade e a complexidade da juventude brasileira. Não há uma única forma de ser jovem, mas sim múltiplas formas de expressar a identidade, os interesses, as aspirações e as opiniões dos jovens. Não se pode reduzir toda uma geração a um estereótipo negativo e simplista.
Em segundo lugar, ela se baseia em uma visão nostálgica e idealizada do passado, que supõe que as gerações anteriores eram melhores e mais sábias do que as atuais. Essa visão ignora os problemas e os conflitos que marcaram as épocas passadas, bem como as mudanças positivas que ocorreram nas últimas décadas.